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1.
Brasília; CONITEC; 2015. graf, tab.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, BRISA/RedTESA | ID: biblio-874949

ABSTRACT

CONTEXTO: A gonorreia é uma das infecções bacterianas mais frequentes e é causada pela Neisseria gonorrhoeae. Encontra-se atualmente entre as cinco principais infecções sexualmente transmissíveis mais notificadas na população masculina. Dentre as mudanças propostas pelo PCDT para Infecções Sexualmente Transmissíveis - IST em discussão, recebe destaque a alteração do esquema terapêutico atualmente em uso para o controle da Neisseria gonorrhoeae no Brasil, que prevê a substituição da ciprofloxacina 500mg, dose única via oral, pela ceftriaxona 500mg, dose única via intramuscular. Essa alteração tem como principal objetivo conter o desenvolvimento de maior resistência bacteriana aos antibióticos disponíveis na rede pública para o tratamento desse agravo. TRATAMENTO: Para a escolha do tratamento da infecção gonocócica a OMS estabelece critérios de eficácia, segurança, custo, adesão e disponibilidade, nos seguintes termos: -Eficácia: os medicamentos utilizados devem ter uma taxa de cura de pelo menos 95%. Esquemas terapêuticos com eficácia entre 85% e 95% devem ser utilizados com cautela e abaixo de 85% são considerados inaceitáveis. -Segurança: a presença de efeitos colaterais é a segunda maior preocupação na escolha dos tratamentos e desempenha papel de extrema relevância em mulheres grávidas ou em aleitamento, portanto, o nível de toxicidade deve permanecer dentro de padrões aceitáveis para a saúde do paciente, do feto e do bebê. -Custo: o custo do medicamento deve ser analisado e comparado aos custos de retratamento, eventuais complicações, e risco de transmissão e resistência. -Observância e aceitabilidade: os tratamentos devem ser de preferência em dose única e administrados por via oral. -Disponibilidade: os tratamentos selecionados devem levar em conta a aprovação sanitária no país. Além desses critérios, devem ser consideradas as co-infecções existentes e o risco de redução da eficácia para outras indicações terapêuticas. A TECNOLOGIA: A ceftriaxona é um antibiótico de terceira geração da família da cefalosporina registrado na ANVISA, por meio da Resolução 252 de 5 de março de 2001. O medicamento está disponível no mercado em diferentes apresentações, todas injetáveis, sendo indicado para o tratamento de eventos de sepsemia; meningite; infecções intra-abdominais (peritonites, infecções do trato gastrintestinal e biliar); infecções ósseas, articulares, tecidos moles, pele e feridas; infecções em pacientes imunocomprometidos; infecções renais e do trato urinário; infecções do trato respiratório, particularmente pneumonia e infecções otorrinolaringológicas; infecções genitais, inclusive gonorreia; profilaxia de infecções pré-operatórias; Borreliose de Lyme (Doença de Lyme). RECOMENDAÇÃO DA CONITEC: Na 34ª Reunião da CONITEC, realizada no dia 2 de abril de 2015, os membros do plenário deliberaram por unanimidade recomendar a incorporação da ceftriaxona 500mg injetável para o tratamento de gonorreia resistente à ciprofloxacina, conforme normas técnicas definidas pelo Ministério da Saúde. Foi assinado o Registro de Deliberação nº 110/2015. DECISÃO: PORTARIA Nº 58, de 1 de outubro de 2015 - Torna pública a decisão de incorporar a ceftriaxona 500mg injetável para o tratamento de gonorreia resistente à ciprofloxacina, conforme normas técnicas definidas pelo Ministério da Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.


Subject(s)
Humans , Ceftriaxone/administration & dosage , Ciprofloxacin/adverse effects , Gonorrhea/drug therapy , Neisseria gonorrhoeae/drug effects , Brazil , Cost-Benefit Analysis/economics , Drug Resistance, Microbial , Technology Assessment, Biomedical , Unified Health System
2.
Brasília; CONITEC; 2015.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, BRISA/RedTESA | ID: biblio-874950

ABSTRACT

CONTEXTO: A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema Pallidum, infecciosa e sistêmica, a partir de sua manifestação. A prevalência da sífilis em parturientes foi de 1,6%, em 2004, e de 1,1%, em 2006. O protocolo clínico e diretrizes terapêuticas (PCDT) de atenção integral às pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) está sendo revisado e dentre as recomendações propostas está o uso de ceftriaxona 500mg injetável, como alternativa ao tratamento da gestante com sífilis e com alergia confirmada à penicilina, no caso de total impossibilidade de sua dessensibilização à penicilina. A ceftriaxona, na forma farmacêutica pó para solução injetável e nas concentrações 250mg e 1g, já é disponibilizada pelo SUS. Entretanto, como medida cautelar para mitigar a resistência bacteriana à ceftriaxona, o novo PCDT de Atenção Integral às Pessoas com IST. TRATAMENTO RECOMENDADO: A penicilina G, administrada via parenteral, é a única terapia com eficácia documentada no tratamento de gestantes com sífilis e na prevenção da transmissão vertical da doença para o bebê, apresentando 98% de taxa de sucesso nessa prevenção. O Ministério da Saúde recomenda o uso da penicilina no tratamento da sífilis materna durante a gestação. As gestantes com alergia comprovada à penicilina, após testes de sensibilidade, devem ser dessensibilizadas e posteriormente tratadas com penicilina, em ambiente hospitalar. Na impossibilidade de tratamento com penicilina, as gestantes devem ser tratadas com eritromicina (estearato) 500 mg, por via oral; entretanto, essa gestante não será considerada adequadamente tratada para fins de transmissão fetal, sendo obrigatória a investigação e o tratamento adequado da criança logo após seu nascimento. O uso de tetraciclina, doxiciclina e estolato de eritromicina é contra-indicado na gestação. EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS: em busca realizada na literatura científica, foi encontrada uma série de casos que avaliou a eficácia da ceftriaxona em 11 mulheres grávidas com sífilis primária ou secundária. Após 3 meses de tratamento, os títulos séricos de anticorpos não treponêmicos das gestantes diminuíram 4 vezes e não aumentaram em 24 meses de seguimento, chegando a negativar em 10 casos. Não houve manifestações de sífilis congênita em nenhum dos bebês ao nascimento e os testes para sífílis realizados nos bebês foram negativos logo após o nascimento ou 6 meses depois. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A ceftriaxona é uma opção de tratamento de gestantes com sífilis e que não podem ser utilizar o tratamento de primeira escolha com penicilina. A substituição da ceftriaxona de 250mg, pela apresentação de 500mg, para o tratamento de gestantes com sífilis e com alergia confirmada à penicilina, atinge uma economia de 73%. DELIBERAÇÃO FINAL: Os membros da CONITEC presentes na reunião do plenário do dia 02/04/2015 deliberaram, por unanimidade, recomendar a incorporação da ceftriaxona 500mg injetável para tratamento da sífilis em gestantes com alergia confirmada à penicilina. DECISÃO: PORTARIA Nº 57, de 1 de outubro de 2015 - Torna pública a decisão de incorporar a ceftriaxona 500mg injetável para o tratamento de sífilis, conforme normas técnicas definidas pelo Ministério da Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Penicillins/adverse effects , Ceftriaxone/administration & dosage , Syphilis/drug therapy , Unified Health System , Brazil , Injections, Intradermal , Cost-Benefit Analysis/economics
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